Evolução da Logística

 O que aconteceu?

O grande marco de desenvolvimento da logística moderna e representado pela II Guerra Mundial:


- Conflito generalizado ao redor do mundo;
- Deslocamento de tropas e suprimentos em grandes distancias;
- Necessidade de produção maciça de armamentos;
- Desenvolvimento acelerado dos processos industriais;
- Desenvolvimento da eletrônica e da informática;
- Desenvolvimento dos primeiros modelos matemáticos e apoio a tomada de decisão para alocação de recursos.

No ambiente produtivo nas décadas de 1950 e 1960:


- Re-alocação da estrutura industrial, gerencial e tecnológica montada durante a II Guerra Mundial;
- Popularização dos bens de consumo;
- Materiais e mão-de-obra representando a maior parcela dos custos de produção;
- Produção voltada para mercados locais;
- Fidelização a marcas.

Esta seção relata sobre a evolução da logística sob o enfoque conceitual. A seguir o quadro mostra resumidamente as suas fases:






É importante esclarecer alguns conceitos abordados de forma a facilitar o entendimento da evolução do conceito da logística, como:

Administração de Materiais - Diz respeito ao fluxo de materiais, desde o recebimento da matéria-prima, passando pelas etapas de fabricação e processamento, até o estoque de produtos acabados.




 Distribuição - Refere-se à combinação de atividades e instituições ligadas à propaganda, venda e transferência física de produtos ou serviços. Diz respeito, portanto, a assuntos mais amplos do que apenas a Logística.



Logística Integrada - É a administração do fluxo total de materiais e produtos, da fonte ao usuário. A integração inclui o fluxo de materiais, desde a aquisição de matéria-prima até a entrega dos produtos acabados aos usuários finais.




Supply Chain Management - É a integração dos processos de negócios do usuário final através de fornecedores (originais) que fornecem produtos, serviços e informações, agregando valor para os consumidores.


ECR - Efficient Consumer Response ou resposta eficiente ao consumidor tratase de um conjunto de metodologias, cuja aplicação visa quebrar as barreiras entre parceiros comerciais. Estas barreiras costumam resultar em ineficiências, com impacto em custos e tempo de resposta ao consumidor.





Primeira Fase: Atuação Segmentada


Na primeira fase da Logística, as empresas procuravam formar lotes econômicos para transportar seus produtos, dando menor importância aos estoques. Ou seja, o enfoque era centrado nas possíveis economias que podiam ser obtidas com o uso de modos de transporte de menor custo, no emprego de veículos de maior capacidade e na busca de empresas transportadoras com frete mais reduzidos.


Características:


- Controle de custos
- Despachos econômicos (visão de transportes)
- Controle de estoque baseado no modelo EOQ (lote econômico).

- Segunda fase: Integração Rígida



Nessa fase o planejamento permitia maior racionalização das operações, mas era falho em um aspecto importante. Não havia nenhuma flexibilidade nessa forma de planejamento: uma vez elaborado, permanecia imutável, pelo menos no papel. Podemos então concluir que a segunda fase da Logística como uma busca inicial de racionalização integrada da cadeia de suprimento, mas ainda muito rígida, pois não permitia a correção dinâmica, real time, do planejamento ao longo do tempo.


Características:


- Maior oferta de produtos;
- Crise do petróleo;
- Maior integração entre pedidos de fabricação e despacho;
- Processo de decisão mais integrado;
- Maior importância dada ao profissional de logística;
- Otimização parcial (dois-a-dois);
- Implementação do MRP e MRP II.




- Terceira fase: Integração Flexível



Caracterizada pela integração dinâmica e flexível entre os agentes da cadeia de suprimento, em dois níveis: dentro da empresa e nas inter-relações da empresa com seus fornecedores e clientes. A integração das empresas, no entanto se dá duas a duas. Só na quarta fase é que o conjunto de empresas que forma o Supply Chain se integra de forma abrangente, cobrindo a cadeia de suprimento desde fornecedores, passando pela manufatura e o varejo, e indo até o consumidor final.

Na terceira fase, que começou em fins da década de 1980 e ainda está sendo implementada em muitas empresas, o intercâmbio de informações entre dois elementos da cadeia de suprimento passou a se dar por via eletrônica, através do EDI (Intercâmbio Eletrônico de Dados - flexibiliza o processo de programação, permitindo ajustes frequentes). 

O desenvolvimento da informática possibilitou uma integração dinâmica, de conseqüências importantes na agilização da cadeia de suprimento.


Características:


- Satisfação dos clientes;
- Estoque zero (just in time);
- Prazos mais curtos possíveis;
- Custos baixos;
- Grande competitividade;
- Integração total da logística;
- Uso intensivo da informação e da informática (EDI).



- Quarta fase: Integração Estratégica (SCM)


A quarta fase da Logística se distingue das outras pelo surgimento de uma nova concepção no tratamento dos problemas logísticos. Trata-se do SCM – Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimento). Nessa nova abordagem, a integração entre os processos ao longo da cadeia de suprimento continua a ser feita em termos de fluxo de materiais, de informação e de dinheiro, mas agora os agentes participantes atuam em uníssono e de forma estratégica, buscando os melhores resultados possíveis em termos de redução de custos, de desperdícios e de agregação de valor para o consumidor final. Há assim uma quebra de fronteiras, que antes separavam os diversos agentes da cadeia logística. Nas fases anteriores cada elemento da cadeia de suprimento tinha um papel bem delineado, já na quarta fase essa separação não é mais nítida, havendo uma interpenetração de operações entre elementos da cadeia.


Ocorre então, um salto qualitativo da maior importância: as empresas da cadeia de suprimento passam a tratar a questão logística de forma estratégica, ou seja, em lugar de otimizar pontualmente as operações, focalizando os procedimentos logísticos como meros geradores de custo, as empresas participantes da cadeia de suprimento passaram  buscar soluções novas, usando a Logística para ganhar competitividade e para induzir novos negócios. Os agentes da cadeia de suprimento passaram a trabalhar mais próximos, trocando informações, antes consideradas confidenciais, e formando parcerias. A Logística passou então a ser usada como elemento diferenciador, de cunho estratégico, na busca de maiores fatias de mercado. As razões básicas para isso são a globalização e a competição cada vez mais acirrada entre as empresas.


Características:


- Uso da postergação;
- Empresas ágeis;
- Combinação de hardware e software;
- Uso crescente de compras eletrônicas para diminuir estoques;
- Transportes otimizados e monitorados em tempo real;
- Compromisso com as questões ambientais > Logística Reversa.



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Serra/ES, Brasil

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